O ex-delegado regional da Polícia Civil de Varginha, Wellington Clair, foi condenado a 19 anos um mês e 25 dias de reclusão e 3 meses de detenção, em regime inicial fechado de prisão.
Ele foi apontado pelo MPMG como líder de organização envolvida em crimes no Detran.
Ele ocupou o cargo de delegado regional entre 2018 e 2019 e foi condenado pelos crimes de corrupção passiva, organização criminosa e prevaricação. A decisão é de primeiro grau e cabe recurso.
Além da pena privativa de liberdade, que o ex-delegado pagará multa que repare os danos morais coletivos no valor aproximado de R$470 mil. Terá, ainda, que devolver R$247.500,00, reconhecidos como propina recebida. A perda do cargo de delegado de Polícia também foi decretada pelo Poder Judiciário.
As ações penais contra os demais indivíduos apontados como membros da organização criminosa, policiais civis, servidores públicos e despachantes, estão em andamento.
Em 2020, ele foi um dos presos na Operação “Ilusionista”, que investigou prática dos crimes no Detran.
Crimes praticados
As investigações apuraram pagamento de propina a policiais civis e servidores do Detran para favorecimentos em investigações envolvendo desmanches de veículos; retirada das anotações de sinistro dos documentos de veículos montados com peças produto de crime; que fossem atestadas falsamente vistorias não realizadas; agilização na expedição de documentos veiculares e autorização para que emplacamentos e lacrações ocorressem fora do órgão de trânsito.